segunda-feira, dezembro 26, 2005

XMAS SEASON


Hey ya!
I've been uninspired (se é k isto existe..:P)

os professores decidiram k os seus alunos
n tinham + nd k fazer durante 15 dias (a k se chama ferias!)
do que fazer trabalhos... :|


chega a altura d Natal
e chega o meu drama psicológico tb (eia, eu hj so invento!)

agr é ke se começa a pensar nos desfavorecidos, é época de ser solidário
e tal e coisa, ...
eles tao vivos no resto do ano, a passar pelo mesmo..
mas pra nós, que nos sentimos desconfortáveis e c pena deles durante o tempo em que aparecem na TV, pobrezinhos, que tristeza e tal,
pra dp voltar as nossas conversas sobre roupa, ou quanto custou e que trabalheira deu preparar o nosso jantar de natal,
eles só existem naqueles 5 minutinhos (se tanto!)
e depois enfiam-se nos seus buraquinhos, não perturbando mais a nossa paisagem..

Pah, faz-me impressão, eu tb tnho a mania de k sou capaz de mudar o Mundo

Mas 'then again, I'm not different from all of them'
também eu estou neste preciso momento em frente ao PC, dentro de mnha casa,
enquanto la fora chove...

É esta inércia k nos prende, que nos ata as mãos, que nos impede de avançar,
de mudar,...
Há sp os velhos do restelo "Nada muda, tudo passa"...

Mas não passa.




Merry Christmas to us all

terça-feira, dezembro 06, 2005

-Não se sentem tão bem quando são chamados de "menina linda"
por uma qualquer criança no autocarro?

"Muito, muito linda..."

Acho que até vou dormir melhor. :)

- Também relativamente a autocarros:
daqui a alguns anos os jovens vão ser proibidos de andar de autocarro
é um veículo destinado aos velhotes, pronto!
já agora quando entramos num, ficam eles todos a olhar de esguelha..
"Esta juventude.. têm a mania de ser jovens.."
Mas é sempre bom ouvir as histórias deles:
"-Entao, D.Maria?Tudo bem?
-Sabe como é, vai-se andando (esta é clássica)
Uns dias pior, outros dias melhor...
- Pois é...também vim da fisioterapia, e vou comprar agora um quilo de maçãs,
afinal tanto dá comprar nos hipermercados como nos mercadinhos, o preço é quase o mesmo"
(versão elaborada de "a vida está cara")
- É verdade, é... eu vou para o Centro de Saúde, vim agora da clínica.
- Pois, tem que ser...
- Tem que ser..."

Ora não está implícito no texto, mas está subentendida nesta conversa
uma competiçãozinha sobre quem é mais desgraçado/a.
"-Tenho uma dorzinha nas costas...
- É, eu tenho um calo no pé...
- Mas eu quase que não me consigo mexer...
- Eu até tenho o pé todo inchado...
- Pois, mas eu ando toda curvada!
- Eu não consigo andar!
- E eu não vejo o céu há 10 anos!"

E coisas assim. é engraçado, parece que isso lhes dá prazer.
"A maneira como o meu pé deita pus amarelos ou mais esbranquiçados,
depende do tempo" - bom tema de conversa, aliciante no minimo.

Bem, I rest my case for today

Vou mas é estudar Física e Química, que tenho exame nacional este ano
e ainda não me consegui convencer disso.

terça-feira, novembro 22, 2005




é como andar no deserto
sempre tao longe e tao perto

olho à minha volta, o mundo é tão incerto

Chuva
, Lucia Moniz

quinta-feira, novembro 03, 2005


Ao mesmo tempo, do outro lado da cidade
Luís estava disposto a descobrir qual o valor da vida
Sempre lhe tinham dito que só percebemos o
verdadeiro valor das coisas quando as perdemos...

Queria sentir a dor.
Por uma vez sentir verdadeiramente
o sabor do sangue,
o sabor da carne
sentir o ser,
despedaçando-se ,
libertando-se ,
despedindo-se de si.

quarta-feira, novembro 02, 2005


"O mistério das coisas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra,
Porque o único sentido oculto das coisas,
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as coisas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.



Sim, eis que os meus sentidos aprenderam sozinhos:
As coisas não têm significação: têm existência.
As coisas são o único sentido oculto das coisas."

Alberto Caeiro

foto:www.olhares.com

sábado, outubro 22, 2005

“Paris, a cidade das casas rosadas com telhados escuros. Uma única, contínua multidão nela passa, em silêncio e invariavelmente depressa, ao encontro de nada, de ninguém. Não sei bem por que vim, nem por quanto tempo. Mas é como se estivesse de volta à minha vida, em trânsito para uma reconciliação final comigo. E de regresso a casa.”

É tão bom perdermo-nos no meio desta multidão apressada, “ao encontro de nada”. Só pelo simples prazer de fazer parte de alguma coisa, de não estar sozinhos no nosso propósito, de podermos dizer “Eu estou com eles!”. De parecer que sabemos para onde vamos, talvez assim nos convençamos disto mesmo.
Parar é morrer.
Respeitar horários, seguir os outros, tudo isto faz sentido (não faz?). Talvez nos consigamos enganar a nós próprios, e perdermo-nos na nossa mentira.

sábado, outubro 15, 2005

um começo


Manhã cinzenta.
Frio intenso.
Cá fora, o dia acontece....
Ao mesmo tempo que o mundo começa a acordar,
lava a cara com água gelada
e o seu olhar encontra o seu reflexo.
Estranha "a outra pessoa".
A cara sulcada pelas agruras da vida,
o olhar negro perdeu a intensidade de outrora
a boca caida, a pele de mármore,
sem pingo de vida.
O que resta sao as cicatrizes de uma vida passante.
Já não faz planos.
Mas hoje vai partir.
Já com a mochila verde-ocre ao ombro, transpõe o umbral da porta.
Fecha a porta, suavemente, atrás de si.
Em cima da mesa, um bilhete para pessoa nenhuma.
foto:www.olhares.com

mais um dia..


Se...

se eu pudesse só respirar

e assim sentir a essência da vida

a liberdade e a paz

e nesse respirar, bem fundo na minha alma

........ eu estaria feliz

terça-feira, setembro 06, 2005

"Rivière tinha consciência de arrancar qualquer coisa ao destino, de reduzir a porção de desconhecido (...)"

O ser humano tende a "racionalizar" o Mundo, a impôr uma lógica.
A minimizar o "fenómeno", o "extra ordinário", a tentar ao máximo extingui-lo.
Daí surgiram as tendências e e a "conjugação de factores que podem levar a "
Quando alguma coisa sai do "ordinário", algo está errado, fica surpreso, por vezes sem reacção, surge o temor/terror do "inexplicável". Daí o exorcismo,e práticas que tais. Porque tudo o que não é "ordinário", dito "normal" deve ser banido, eliminado, ou no mínimo escondido.

segunda-feira, agosto 15, 2005

....


esta liberdade é quase exaperante!
estar perante uma pagina em branco
o facto de não nos impor nada, de nao nos obrigar a nada, de nao exigir nada de nos..
somos nos que o fazemos
pior que a censura parece-me ser a auto-censura!
pronto, lanço-me à aventura!
"e o que é, é;e o que será, será; o que já foi já, já não vai ser amanhã"

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.
Aparte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo"

início do poema "Tabacaria" de Álvaro de Campos

listening to: "Raphsody on a Theme of Paganini, op. 43" Rachmaninov

poesia2

"Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?"
ÁLVARO DE CAMPOS once again

listening to:"Memories" Within Temptation