quinta-feira, maio 26, 2011

As mãos repousadas no regaço tocam o tecido áspero da saia de fazenda grossa,
no silêncio escuro da solidão que enche a casa.
Os ponteiros do relógio ressoam insistentes. O ar frio da sala.

Trémula, a mão calejada
avança para o calendário preso na parede e desenha uma cruz a vermelho.
Falta menos um dia.

É já quase sábado.
Pensa um sorriso, as emoções abandonaram há já algum tempo o seu semblante,
exceptuando as lágrimas fugidias que por ele deslizam, nas tardes em que decide pegar
no envelope, já tão amassado, com fotografias a preto e branco de pessoas
com fatos de cerimónia
em poses cerimoniosas.

É já quase sábado.

É já quando:
o motor do carro a cortar o silêncio da rua
a porta do carro a fechar, enquanto os pequenos passos apressados
a campainha
e finalmente o sorriso largo
a pequena mão contra a sua
tantas histórias para ouvir
tantas palavras a espantar as teias de aranha, a semana longa, pesada e vazia
o luto carregado e as memórias dos que não partem
as horas e os compassos do tempo só

É já quase vida.

É já quase sábado.

domingo, maio 22, 2011

Só para dizer que só hoje é que vi o programa "Último a sair" e que me fartei de rir.

sexta-feira, maio 20, 2011




Tenho um professor este semestre que tem esta expressividade emocional.
Muito boa pessoa, mas em termos de expressividade, é muito fraquinho.

quinta-feira, maio 19, 2011

terça-feira, maio 17, 2011

Strauss-Kahn é um óptimo nome para um gato.
"Strauss-Kahn, venez ici.
Kitty, kitty, kitty"

Assim como assim, ninguém lhes consegue pôr trela.

quarta-feira, maio 04, 2011



Há uns tempos, alguém me dizia que eu só gostava de músicas tristes.

Agora, começo a dar-lhe razão.


(Esta música foi escrita pelo Paul McCartney para o John Lennon, quando ele morreu)