Tenho descoberto o poder das palavras, do olhar com calma, do prestar atenção aos doentes e seus familiares, numa altura em que se encontram tão vulneráveis (ambos!). E como é tão mais difícil arranjar tempo para isso numa enfermaria do hospital, comparando com o gabinete do centro de saúde!
Concordar ("sim, é capaz de ter sido uma pontinha de frio..."), dar esperança (na medida do possível), dar algum tempo de antena para as pessoas expressarem os seus medos. Tentar entender a sua percepção da doença e ir dando umas colheradas progressivas de realidade, sem que isso magoe...
Afinal, somos todos tão voláteis, quem nos diz que um dia destes não nos encontramos do outro lado?