Há uns tempos fui ao IKEA da minha cidade natal procurar um móvel de apoio para o WC. O que eu queria era super simples, um móvel baixinho e pequenino, porque o apartamento onde moramos os dois é relativamente pequeno.
Depois de muito tropeçar em espanhóis nos corredores do referido estabelecimento, de vaguear pelo corredor dos WC, de chatear os empregados do IKEA, disseram-me para tentar a minha sorte no corredor das cozinhas. Não encontrei lá nada do que queria. Decidi então continuar a vaguear pela loja, de focinho no chão, qual cãozinho a cheirar o rasto de um móvel pequenino e jeitosinho.
Tanto farejei que lá o encontrei, por fim. Radiante, levanto a cabeça para ver então a que secção tinha ido parar, qual era a secção onde, finalmente, tinha encontrado aquilo que necessitava!
...
A secção de bebé. Fraldários, berçários, senhores. Dinossauros e brinquedos de peluche. Era tudo o que me rodeava.
Acho que, algures, um Senhor Universo estava a rebolar de riso com esta partida. -.-'
(... may(be) not..) "Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?" Álvaro de Campos
terça-feira, fevereiro 12, 2019
domingo, fevereiro 03, 2019
Queria falar de um tema que ainda não se fala muito,
talvez por vergonha, talvez por pudor.
Talvez seja uma daquelas coisas que toda a gente faz mas não é suposto ser tornado público, como tirar "catotas" do nariz ou limpar as unhas com a ponta afiada de um papel. Ou um fetiche sexual qualquer esquisito.
...
O "saco dos sacos".
Deixem-se de tretas, toda a gente tem um. Aquele amontoado de sacos de todas as cores, tamanhos e nações que geralmente se encontra desviado do olhar da comum visita ao nosso humilde casebre - ou atrás da porta da cozinha, ou na despensa, ou atrás do frigorífico. Como se tivéssemos vergonha de o exibir. De o tornar público para a sociedade.
Basta!
O "saco dos sacos" é um objeto como outro qualquer, tem a sua dignidade, merece o seu lugar no mundo. Merece ser reconhecido pela sociedade como algo necessário e intransponível!
Parem de ostracizar o "saco dos sacos"!
Era só isto.
talvez por vergonha, talvez por pudor.
Talvez seja uma daquelas coisas que toda a gente faz mas não é suposto ser tornado público, como tirar "catotas" do nariz ou limpar as unhas com a ponta afiada de um papel. Ou um fetiche sexual qualquer esquisito.
...
O "saco dos sacos".
Deixem-se de tretas, toda a gente tem um. Aquele amontoado de sacos de todas as cores, tamanhos e nações que geralmente se encontra desviado do olhar da comum visita ao nosso humilde casebre - ou atrás da porta da cozinha, ou na despensa, ou atrás do frigorífico. Como se tivéssemos vergonha de o exibir. De o tornar público para a sociedade.
Basta!
O "saco dos sacos" é um objeto como outro qualquer, tem a sua dignidade, merece o seu lugar no mundo. Merece ser reconhecido pela sociedade como algo necessário e intransponível!
Parem de ostracizar o "saco dos sacos"!
Era só isto.
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