terça-feira, fevereiro 12, 2019

Tick toc tick toc

Há uns tempos fui ao IKEA da minha cidade natal procurar um móvel de apoio para o WC. O que eu queria era super simples, um móvel baixinho e pequenino, porque o apartamento onde moramos os dois é relativamente pequeno.
Depois de muito tropeçar em espanhóis nos corredores do referido estabelecimento, de vaguear pelo corredor dos WC, de chatear os empregados do IKEA, disseram-me para tentar a minha sorte no corredor das cozinhas. Não encontrei lá nada do que queria. Decidi então continuar a vaguear pela loja, de focinho no chão, qual cãozinho a cheirar o rasto de um móvel pequenino e jeitosinho.
Tanto farejei que lá o encontrei, por fim. Radiante, levanto a cabeça para ver então a que secção tinha ido parar, qual era a secção onde, finalmente, tinha encontrado aquilo que necessitava!

...
A secção de bebé. Fraldários, berçários, senhores. Dinossauros e brinquedos de peluche. Era tudo o que me rodeava.

Acho que, algures, um Senhor Universo estava a rebolar de riso com esta partida. -.-'

domingo, fevereiro 03, 2019

Queria falar de um tema que ainda não se fala muito,
talvez por vergonha, talvez por pudor.
Talvez seja uma daquelas coisas que toda a gente faz mas não é suposto ser tornado público, como tirar "catotas" do nariz ou limpar as unhas com a ponta afiada de um papel. Ou um fetiche sexual qualquer esquisito.

...
O "saco dos sacos".

Deixem-se de tretas, toda a gente tem um. Aquele amontoado de sacos de todas as cores, tamanhos e nações que geralmente se encontra desviado do olhar da comum visita ao nosso humilde casebre - ou  atrás da porta da cozinha, ou na despensa, ou atrás do frigorífico. Como se tivéssemos vergonha de o exibir. De o tornar público para a sociedade.

Basta!

O "saco dos sacos" é um objeto como outro qualquer, tem a sua dignidade, merece o seu lugar no mundo. Merece ser reconhecido pela sociedade como algo necessário e intransponível!
Parem de ostracizar o "saco dos sacos"!

Era só isto.