sexta-feira, fevereiro 22, 2008

bebendo certezas de um copo vazio

Não acredito em definitivos. O único fim é a morte.

Talvez tenha a ver com a morte dos meus pais. Talvez.

Tudo é tão relativo que a vida acaba por ser uma questão de sorte.

Estamos cá porque nos deixam.

Esta não é a nossa casa, e somos constantemente lembrados disso.

No fundo, somos inquilinos mal aceites, mas habituámo-nos ao movimento inconstante do limbo. Enganámo-nos e fingimos sorrisos, fugimos de nós e refugiámo-nos na nossa loucura. Inventamos verdades, inventamos convicções (e fingimos sorrisos). Inventamos constância na inconstância e sorrimos à dor.

Tudo é um nada. E uma nada tão grande que nos suga a alma e nos faz acreditar que há algo mais, que tudo é tanto mais.

A racionalidade é a causa da minha morte.

(texto escrito há tanto tempo)

1 comentário:

Juliana José Almeida disse...

Parece que da minha também,quem me dera ser a pobre ceifeira.


( este é o meu blog novo. Apaguei o antigo, resolvi mudar de ares permanecendo no mesmo sitio XD)