Numa animada aula de Imunologia em que se falava de SIDA, comecei a discutir com a minha colega a teoria de que quanto mais estéril o ambiente em que vivemos, menores as nossas defesas imunológicas e maior a probabilidade de desenvolvermos alergias, e maior a nossa susceptibilidade a infecções.
Ora disto chegamos também à conclusão de que as grandes epidemias (peste negra, e até talvez o genocídio, embora claro que não dentro da categoria de epidemias) poderão ser encaradas como mecanismos naturais de luta contra a superpopulação.
Ora se a Natureza é tão sábia e parece ter as suas próprias regras para pôr tudo nos conformes, o que é que nós estamos para aqui a fazer ao lutar contra ela? Será que a nossa luta contra a morte uma batalha pela causa errada? Estaremos a fazer o mal pensando estar a fazer o bem?
A população portuguesa (e mundial, vá) está envelhecida, toda a gente sabe.
A economia vai de mal a pior com a crise e o dinheiro para as reformas vai escasseando porque a situação é tal que a população activa está muito diminuída, e agora com o desemprego e com a quantidade de fundos de desemprego a serem recebidos... Ou seja, os cuidados médicos ao prolongar a vida dos pacientes estará a fazer bem? Sendo que esse paciente terá uma qualidade de vida cada vez mais baixa? Estaremos a fazer bem ao prolongar a vida ou apenas a contribuir para a deterioração da economia? E o valor de uma vida é maior ou menor que o valor da economia mundial?
Bottom line is: Matem os velhotes! (?)
(notar a grande quantidade de ironia nesta última frase por favor, que eu (ainda) não sou a exterminadora implacável...isso só quando me formar!)