Dos pinchos. Da cerveja de limão. Do fim-de-semana prolongado. Do póquer com lentilhas.
Dos churros com chocolate. Do frio.
Mas não falo.
Porque cheguei a casa e a porta de casa não abre.
E é muito mais divertido.
Me cago en Diós!
(... may(be) not..) "Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?" Álvaro de Campos
segunda-feira, novembro 30, 2009
quarta-feira, novembro 25, 2009
Há um sitio estranho nas relações pais-filhos.
Aquela altura em que os pais já não se sentem necessários, em que sentem que o seu trabalho como educadores já está acabado.
Em que quando os filhos contam o seu último problema, e eles prontamente dizem que vão mexer mundos e fundos para o ajudar, estes respondem, "Não é preciso, não te preocupes, eu já tratei de tudo".
E agora, o que é suposto fazer?
Da mesma forma, os filhos saem de casa, já não precisam de falar todos os dias com os pais, já não precisam de lhes perguntar o que fazer e como agir.
Os pais passam a ser mais uns daqueles amigos distantes, com quem não estamos todos os dias mas de quem continuamos a gostar.
Com quem tomamos café de vez em quando e partilhamos retalhos da nossa vida.
E que percebem mais de finanças do que nós, o que dá jeito.
E às vezes, há aquelas alturas.
Em que ficamos todos calados, e já não sabemos de que falar.
Política? Notícias? A vida dos vizinhos? O resto da família?
E sentimos que qualquer coisa se perdeu, que há um fosso que nos separa.
Que nunca voltaremos ao que já fomos.
E a conversa é circunstancial, falamos do tempo, das notícias, daquela situação engraçada que aconteceu com a outra.
E depois voltamos a casa, ao nosso espaço, e mergulhamos de volta nas nossa vidas.
foto do filme "Alice"
Where the wild things are
A verdade é que o filme pode não prestar para nada, pode ser uma chachada autêntica à la maneira americana, mas o trailer é dos mais bonitos que já vi. E a música também ajuda.
quinta-feira, novembro 19, 2009
Só para deixar uma música bonita, porque cá em casa tempo de estudo é tempo de ouvir música.
Da parte da Joana, Jackson 5; da parte da Mafalda, High School Musical; e da minha, coisas destas.
Quem deve ficar feliz é o vizinho.
Inquietação - JP Simões
Da parte da Joana, Jackson 5; da parte da Mafalda, High School Musical; e da minha, coisas destas.
Quem deve ficar feliz é o vizinho.
Inquietação - JP Simões
quarta-feira, novembro 18, 2009
voltei do mundo dos mortos para dizer que
Mandaram-me este site:
Eu clico em "I can't remember what my dream was"
e a resposta foi esta:
E não é que adivinharam?
Já agora, também gostava de dizer que Alfredo é um nome esquisito.
sexta-feira, novembro 13, 2009
domingo, novembro 08, 2009
coisas muito úteis
Pois era esta a informação que eu precisava para que o meu mundo entrasse novamente nos eixos.
Obrigada mundo noticioso da Internet!
sábado, novembro 07, 2009
sexta-feira, novembro 06, 2009
Num dia de Inverno, na casualidade dos encontros banais,
à saída de um dia de trabalho,
uma senhora veio por-se ao meu lado,
falou-me da vida, do filho, do marido,
da doença, da vizinha, dos problemas no emprego,
despediu-se com um "então adeus, passe bem",
e deixou-me ali sozinha, atordoada,
na rua
empurrada pela multidão e alienada pelo
barulho do trânsito e pelas luzes dos carros que passavam
num dia de Inverno
qualquer
um encontro
qualquer
uma pessoa despeja o seu conteudo para outra
que fica sem saber o que fazer
a toda a informação
que lhe acabou de ir parar aos braços
à saída de um dia de trabalho,
uma senhora veio por-se ao meu lado,
falou-me da vida, do filho, do marido,
da doença, da vizinha, dos problemas no emprego,
despediu-se com um "então adeus, passe bem",
e deixou-me ali sozinha, atordoada,
na rua
empurrada pela multidão e alienada pelo
barulho do trânsito e pelas luzes dos carros que passavam
num dia de Inverno
qualquer
um encontro
qualquer
uma pessoa despeja o seu conteudo para outra
que fica sem saber o que fazer
a toda a informação
que lhe acabou de ir parar aos braços
quarta-feira, novembro 04, 2009
terça-feira, novembro 03, 2009
Do medo
"Eh, meu irmão, que é que tens
o que é que te pôs assim!
Foi o medo da água fria
o medo da vida, o medo da morte
o medo da lua-cheia
o medo da lua-nova
o medo até de ter medo
que me faz gritar
Ai, que medo!
E assim com medo de tudo
perdeu meu irmão a vida
e assim com medo de tudo
viveu-a e não foi vivida
meteram-no num caixão
às duas por três, num dia de Verão
desceram-no p´ra uma cova
deitaram terra por cima
espetaram-lhe uma cruz
ita missa est
Amen."
letra e música de Sérgio Godinho,
um dos sons da minha infância,
e uma das vozes do tempo em que as pessoas se uniam por uma causa,
por todos, a uma só voz.
Construir através da música.
Isso era dantes.
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